Finalista do Prémio Goncourt, a escritora francesa estreia-se em Portugal com Quem sabe, a história de uma mulher que, aos 30 anos, começa uma busca pela sua identidade. Quem é Pauline Delabroy-Allard em quatro respostas.
Nasceu no meio literário, o seu pai também é escritor. Sempre soube que queria seguir esse caminho ?
Não, pelo contrário. A escrita era uma área reservada ao meu pai, estava fora de questão para mim. Foi por isso que sempre escrevi às escondidas… e só lhe disse que gostava de escrever quando assinei o meu primeiro contrato com uma editora. Aí já não tinha escolha.
Qual foi o primeiro texto que escreveu ?
Tinha 11 anos e escrevi sobre uma família na noite de Natal, inspirada na minha família. Sempre escrevi autoficção, desde o início.
Quem sabe é um romance mas é naturalmente, então, autobiográfico ?
Sim, a narradora é a minha dupla no papel. Algumas coisas da história aconteceram-me realmente.
Qual foi o ponto de partida para a história ?
É precisamente autobiográfico. Aos 30 anos fiz o meu primeiro bilhete de identidade e descobri os meus três nomes próprios secundários. Pensei que seria um bom início para um livro… e assim comecei a escrever Quem sabe.
