Plano Nacional de Leitura
Literatura – 15-18 anos – Maiores de 18 anos
Definido pelo próprio Guimarães Rosa como “autobiografia irracional”, o romance usa como cenário o sertão brasileiro e os trilhos – “veredas” – que o gado vai sulcando no terreno árido, uma rede complexa de caminhos na qual é fácil perder o rumo – como na vida, como no mundo.
No centro da encruzilhada está Riobaldo, protagonista-narrador, jagunço feito fazendeiro, que vai desfiando as suas memórias a um interlocutor desconhecido enquanto faz a sua travessia, debatendo-se entre deus e o diabo, entre o bem e o mal, a luz e as trevas.
E dentro de Riobaldo está tudo: está o amor, o sofrimento, a força, a violência e a alegria de todos os homens e mulheres. Porque “o sertão é do tamanho do mundo”.
Os elogios da crítica:
“Rosa não escreve sobre o sertão. Escreve como se ele fosse o sertão. Um sertão que se enche de estórias para contrariar o curso da História.”
Mia Couto
“A Língua Brasileira tem neste livro o seu maior chamado. Os mil povos que compõem a cultura do Brasil convergem neste esplendor. Este romance não é um romance, é um país deitado às palavras, levantado das palavras.”
Valter Hugo Mãe
“Este é o grande sertão da Língua, onde o verbo abraça a brisa – e a transforma, onde o amor se desdobra como mistério quieto – e quase desflora, onde a literatura se afirma universal – mas como delicado quintal. Nestas páginas há veredas que murmuram dois potentes segredos com nome de flor e homem: Rosa, Guimarães. A vida se aumenta. O leitor sonha. A literatura renasce.”
Ondjaki
“Quando lemos Guimarães Rosa e seu maravilhoso Grande Sertão: Veredas, tem algo dito ali que não pode ser dito de outra forma. (#) A grande visão da vida que nos dá uma obra literária é o que faz esta obra ser grande.”
Mario Vargas Llosa
“Nunca vi coisa assim! É a coisa mais linda dos últimos tempos. Não sei até onde vai o poder inventivo dele, ultrapassa o limite imaginável. Estou até tola. A linguagem dele, tão perfeita também de entonação, é diretamente entendida pela linguagem íntima da gente – e nesse sentido, ele mais que inventou, ele descobriu, ou melhor, inventou a verdade.”
Clarice Lispector (carta a Fernando Sabino)