Em Portugal Continental já foram registadas 466 espécies de aves selvagens, das quais 294 são regulares e as outras 172 são raras. Nem todas são fáceis de avistar e, se vai experimentar birdwatching (a observação de aves no seu habitat natural) pela primeira vez, não queremos que se sinta perdido. Por isso, com a ajuda dos autores de Aves de Portugal Continental, fizemos um mini guia para que seja fácil estrear-se nesta atividade.
Há duas coisas que não pode dispensar nesta aventura: “um binóculo, que lhe permitirá ver as aves com mais detalhe, e o novo guia fotográfico das aves de Portugal, para conseguir identificar as espécies corretamente”, explica Gonçalo Elias, que assina este livro (editado pela Arena) com José Frade.
Com o material necessário, está na hora de ir à descoberta. Para começar, os especialistas sugerem cinco espécies relativamente fáceis de encontrar.
“O melro-preto (Turdus merula), pode ser visto nos parques e jardins públicos de todo o país, muitas vezes alimentando-se nos relvados”, diz Gonçalo Elias. “O pato-real (Anas platyrhynchos) é o mais comum dos nossos patos, e frequenta todo o tipo de zonas húmidas, incluindo lagos em zonas urbanas”, continua.
É tempo de procurar a cegonha-branca (Ciconia ciconia) – na imagem principal -, “uma grande ave pernalta que constrói os seus ninhos em lugares bem visíveis, como árvores grandes, postes, chaminés ou edifícios” e a gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis), “muito abundante ao longo da orla costeira, pode ser vista em praias, arribas e portos de pesca”.
Se estiver atento, o mais provável é encontrar a andorinha-dos-beirais (Delichon urbicum) ao virar da esquina. “É uma espécie insectívora que nidifica colonialmente em zonas habitadas, construindo os seus ninhos sob os beiras das casas, das igrejas ou dos tribunais”.
O restante maravilhoso mundo das aves está nas páginas de Aves de Portugal Continental, onde poderá ver três fotos de cada espécie, um mapa de distribuição para cada uma e um texto explicativo com vários dados sobre a ave em questão, incluindo os biométricos. Tudo isso está ilustrado com mais de mil imagens incríveis, grande parte captada pela lente de José Frade.
Agora só falta mesmo aventurar-se na arte do birdwatching. Vamos a isso?