Em 2021 lançou o seu primeiro livro “Aquorea: Inspira” e pouco tempo depois conquistou o coração dos jovens portugueses. Juntando o seu amor por livros à sua paixão pelos elementos fantásticos, M.G Ferrey criou uma história onde os leitores poderão mergulhar profundamente neste mundo mágico.
Em conversa com a Penguin, M.G Ferrey conta-nos um pouco sobre o seu processo de escrita, o que a atraiu para a literatura fantástica, e o que podemos esperar dos seus futuros projetos.
Quando escreveste Aquorea, não eras leitora de fantasia. Como é que isto aconteceu?
A minha jornada com a fantasia começou de forma bastante inesperada. Sempre fui uma leitora voraz, mas os meus interesses literários estavam mais voltados para os romances contemporâneos e policiais. No entanto, quando a minha mente fugia para as histórias que queria contar, percebi que eram mais mágicas e cheias de elementos fantásticos. Ao começar a escrever “Aquorea”, essa inclinação para o extraordinário tornou-se evidente. Queria criar um universo onde a imaginação pudesse correr livre, sem as amarras da realidade.
Agora, o que mais te atrai à fantasia?
O que mais me atrai na fantasia é a possibilidade de construir mundos totalmente novos e diferentes, onde as regras do nosso próprio mundo não se aplicam necessariamente. A liberdade criativa é imensa e permite explorar temas complexos de uma forma simbólica e alegórica. Além disso, adoro a ideia de proporcionar aos leitores uma fuga da realidade, uma oportunidade de viverem aventuras épicas e de conhecerem personagens inesquecíveis.
O que te inspirou a escrever um universo aquático?
A minha inspiração para criar este universo veio de várias fontes. Sempre fui fascinada pelo mar e pela sua vastidão misteriosa. Além disso, quis explorar temas como a adaptação e a sobrevivência em ambientes extremos e com os seus próprios ecossistemas. E o centro da terra, abaixo do oceano, proporcionou o cenário perfeito para isso. Foi um desafio empolgante imaginar um mundo submerso, com as suas próprias culturas, conflitos e maravilhas. As minhas histórias também servem como uma reflexão do que se passa à Superfície, funcionando como uma chamada de atenção para as questões e desafios que enfrentamos no nosso mundo.
Lembras-te do primeiro livro que leste sozinha?
O primeiro livro que li sozinha deve ter sido algum da coleção da Anita, de Marcel Marlier e Gilbert Delahaye. No entanto, o primeiro livro que senti que teve um grande impacto em mim enquanto leitora foi “Os Filhos da Droga”, que li por volta dos 12 anos. A história intensa e realista deste livro tocou-me profundamente e foi uma viragem na minha forma de ver a literatura. Percebi que os livros podiam não só entreter, mas também educar e sensibilizar para questões sociais importantes.
O que podemos esperar da tua escrita, no futuro?
Quero continuar a contar histórias cheias de imaginação e emoção e a desafiar-me a mim mesma e aos meus leitores com temas inovadores e personagens complexos. Tenho muitos projetos em mente, incluindo alguns que não são de fantasia. Além disso, quero aprofundar os universos que já criei e trazer novas histórias e perspectivas para esses mundos. Estou muito entusiasmada com o que está por vir e espero que os leitores também estejam!