Chamo-me Ana Rute Elias Lopes e sou de Carregal do Sal. Nasci em maio de 1985 e vivi a primeira parte da minha vida entre duas serras e dois rios. Adoro castanhas assadas, serões à lareira e pão quente com manteiga. Agora vivo mais perto da praia – também adoro apanhar conchinhas e tomar banhos de mar. Outra coisa que me faz feliz? Dançar!

Sempre gostei de cor de rosa e roxo. Desde que nasceu o meu filho Artur, aprendi a gostar do amarelo. Sinto-me bem em manhãs de sol: dá vontade de escancarar as janelas, ouvir música e depois sair para caminhar. Também adoro andar de bicicleta, é o meu veículo de regresso à infância. Gosto de contar às pessoas quando sonho com elas. Mantenho o prazer de enviar e receber cartas em papel. Todos os dias vejo se há alguma na caixa do correio…

A minha estação do ano preferida é a primavera, a florir por todo o lado, com dias amenos e longos. Ver bandos de andorinhas no céu, roupa a esvoaçar nos estendais. Espero sempre o primeiro dia do ano em que posso usar manga curta, calções ou um vestidinho, sem ter frio. Por saudades da primavera, há invernos em que nunca deixo de os usar.

Penso que uma composição sobre a primavera foi a primeira coisa que escrevi. As histórias que escrevo são aquelas que costumam perseguir-me na cabeça durante muito tempo. Vou anotando e imaginando, aqui e ali, sem pressa. Quando me sento para escrever, já tenho ideias claras, outras acabam por chegar sem aviso. Gosto de escrever descansada, sem barulho, para conseguir ouvir-me a reler. Quando termino uma história, sinto que guardo um segredo só meu.