Ivan Cankar (1876-1918) nasceu em Vrhnika, na Eslovénia, à época parte do Império Austro-Húngaro. Fez os seus primeiros estudos em Liubliana, mas mudou-se para Viena, onde se inscreveu na universidade e adotou um estilo de vida boémio. Apesar do domínio e influência austríacos, Cankar escreveu as suas principais obras em esloveno, tendo sempre o seu povo e a sua cultura como elementos centrais. Em 1899, publicou Erotika, a sua primeira coleção de poesia, cuja 1.ª edição viria a ser quase inteiramente destruída por ordem do bispo de Liubliana. Formado entre o realismo e o naturalismo, compôs uma obra de grande originalidade e variedade de géneros, responsável pelo desenvolvimento no seu país do romance psicológico, do drama simbólico e da sátira moderna. Entre as suas obras mais conhecidas, contam-se a novela A Justiça de Yerney, de 1907, a sátira Pohujšanje v dolini Šentflorjanski («Escândalo no Vale de São Floriano»), de 1908, ou o drama Hlapci («Servos»), de 1910. Alternou uma prolixa carreira literária com o ativismo político pela causa independentista. Viria a ser preso várias vezes devido a esta atividade. Morreu em 1918, vítima de pneumonia. É hoje considerado uma figura tutelar do teatro esloveno e o autor mais influente de toda a literatura moderna em língua eslovena.
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