Leo Perutz (1884-1957), escritor austríaco nascido em Praga, matemático de profissão (cunhou com o seu próprio nome uma equação algébrica), viveu em Viena em pleno apogeu da literatura centro–europeia, foi amigo de Kafka e Schnitzler e tornou-se mestre de Lernet-Holenia. De origens sefarditas, a ascensão do nazismo e das suas leis raciais motivam a sua transferência para Israel, onde a sua cultura de base germânica contrasta nitidamente com o sionismo reinante. Este afastamento da Europa dita em certa medida a sua relativa marginalização nas páginas da literatura. Mestre de um tipo de fantástico que entrelaça precisas reconstruções históricas, retratos psicológicos inquietantes e atmosferas sombrias e barrocas, foi admirado por nomes como Jorge Luis Borges (que o considerou um «kafka aventuroso»), Italo Calvino e Graham Greene. A obra de Perutz encontra-se praticamente inédita em português e inclui importantes romances como: Der Marques de Bolibar (O Marquês de Bolibar) (1920) Turlupin (1924), O Cavaleiro Sueco (1936) e Nachts unter der steinernen Brücke (De Noite Debaixo da Ponte de Pedra) (1953), muitos deles alvo de adaptações cinematográficas.
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