Patrícia Furtado nasceu em Lisboa em 77, ano da Guerra das Estrelas. Aprendeu a ler aos três anos e por volta dos seis já ostentava um belíssimo par de óculos. Passava os intervalos das aulas enterrada em livros e nunca tinha os cadernos em dia. Estavam cheios de rabiscos. Também escrevia muitas histórias e queria ser escritora quando crescesse. Ou detetive, o que teria sido uma péssima ideia, já que é a pessoa mais distraída do mundo.
Aos 16, ganhou uma viagem de autocarro pela Europa com um conto que escreveu, mas por essa altura, já tinha mudado de ideias e escolhido as Belas Artes. Depois de estudar Design de Comunicação, trabalhou num atelier de design, e, passado um ano, mudou-se para Londres, onde trabalhou numa loja de fotocópias. Decidiu, por fim, ser designer por conta própria.
De volta a Lisboa, passou pelo The Lisbon Studio, e virou-se para a ilustração. Desenhou dezenas de capas, ilustrou pilhas de livros, e conviveu com alguns dos seus autores favoritos. Um dia, lembrou-se de que ainda ia a tempo de ser também escritora, e voltou às suas histórias.