O meu pai é do Sporting, a minha mãe do Benfica, o meu avô do Belenenses e a minha avó da AD. Durante anos e anos, é a minha resposta standard à curiosidade alheia. Lembro-me bem disso. Do resto é que que já nem tanto. O meu jogador preferido é o Madjer, do Porto. E o meu sonho é jogar no Estrela da Amadora. Não sei porquê. Não sei mesmo. E se me contassem, diria que não (o sonho de jogar na Reboleira) mas é o que diz uma nota digitalizada no meu email e encontrada ao acaso durante uma pesquisa nada a ver com este assunto familiar futurístico. A mesma assinala os Dire Straits como grupo de música de eleição. Na altura, diz a nota, meço 1,46 m, peso 33,5 quilos e os meus desportos preferidos são basebol e basquetebol. E a minha disciplina preferida? Português, claro está. Então não se vê logo esta perfeição na escrita? Último pormenor: sou, ao que parece, adepto de Barcelona em Espanha, Paris St. Germain em França, Werder Bremen na RFA, Everton em Inglaterra, Rangers na Escócia, PSV na Holanda, Juventus em Itália, Dínamo Kiev na URSS, Dínamo Bucareste na Roménia e Partizan Belgrado na Jugoslávia. A partir de agora, sou mais adepto dos 50 desportistas portugueses do livro «Os Nossos Heróis do Desporto».