Está provado: ler ajuda a dormir bem

Sempre se ouviu dizer que ler algumas páginas antes de ir para a cama é a receita ideal para uma noite bem dormida, mas parece que se está cada vez mais a descartar a dica, privilegiando os telemóveis e as redes sociais. Será mesmo assim? A 17 de março assinalou-se do Dia Mundial do Sono, por isso fomos ver como está a qualidade de sono da população portuguesa.

Um inquérito feito em 2019 pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia revelou que 46% dos adultos com mais de 25 anos dorme seis horas ou menos por dia – sendo que o recomendado são, pelo menos, sete horas diárias. Dos inquiridos, 32% diz que o seu sono é “razoavelmente mau ou mau”.

Já um estudo feito pela Philips em 2019 em 12 países dos cinco continentes concluiu que 44% das pessoas admite que a sua qualidade de sono diminuiu nos cinco anos anteriores. No que diz respeito às causas de noites mal dormidas, 54% atribui-as ao stress e 40% ao ambiente em que dorme.

Quanto à velha dica de ler antes de dormir, os estudos apontam para que seja mesmo um hábito benéfico adotado por 69% dos adultos por todo o mundo, segundo a Philips. Nos Estados Unidos, concluiu-se em 2021 que ler antes de ir para a cama melhora não só a qualidade de sono, como aumenta o número de horas dormidas. Ainda assim, não vale ler em qualquer dispositivo, porque não é igual ter um livro na mão ou um Kindle. Aliás, o uso de equipamentos eletrónicos ao fim do dia (sim, mesmo aqueles feitos para simular uma página de papel) afeta negativamente a qualidade do sono, diminuindo o tempo de sono REM e interferindo na produção natural de melatonina.

O ideal, para assegurar um mínimo de sete horas bem dormidas, é pegar na nossa leitura do momento e dedicar-lhe alguns minutos, ao som de uma playlist concebida para proporcionar uma noite de sono saudável.

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