Um dos 10 livros finalistas do
PRÉMIO OCEANOS
*
PRÉMIO DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES
O preço original era: 16,90 €.15,21 €O preço atual é: 15,21 €.
Um dos 10 livros finalistas do
PRÉMIO OCEANOS
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PRÉMIO DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES
349 em stock
Chancela Companhia das Letras
Autor(a) Milton Hatoum
Género Ficção, Literatura
Coleção Companhia das Letras
Plano Nacional de Leitura
Literatura – 15-18 anos
«Eu emergia assustado de um cochilo e via o rosto da minha mãe numa lugar sombrio do quarto, ou deitada na cama, o corpo quieto e frio como o de uma morta; essas visões, entre o milagre e o sobrenatural, me assustavam e me deixaram prostrado na longa noite da espera.»
Paris, 1978: Martim prepara-se para, escrevendo um diário, recuperar a memória dos tempos que viveu em Brasília. Submerso em cadernos, fotografias, folhas soltas, guardanapos rabiscados, cartas e diários de amigos, vai revivendo e recompondo os anos da sua formação, anos plúmbeos de feroz ditadura, anos auspiciosos de novidade.
Nos anos 1960, muito jovem, Martim vê os pais separarem-se, sem que chegue a conhecer o verdadeiro motivo para a cisão. Muda-se então de São Paulo para Brasília com o pai. Na cidade recém-inaugurada, trava amizade com um grupo de adolescentes de contextos sociais e familiares persos. Une-os um projecto cultural e a luta contra o cerco do regime. Com eles, graças a eles, vai descobrindo o amor, o sexo, a amizade, a poesia, a literatura, a política e o medo.
Pairando sobre o fulgor da descoberta há duas nuvens negras ensombrecendo a vida de Martim: a da repressão política dos anos mais duros da ditadura; e a dor da separação da mãe. O vazio aberto pelas cartas que a mãe não lhe escreve, pelos gestos de amor que não lhe estende, pelo reencontro ansiado e adiado, não pode ser preenchido pelo pai, com quem vive uma relação problemática, fria, entrecortada. O fardo desta ausência acompanhará Martim mesmo quando ele procurar o consolo no exílio em Paris.
Num magistral romance de formação ambientado na ditadura que amordaçou o Brasil, Milton Hatoum transita com a habilidade que lhe é própria entre as dimensões pessoal e social do drama e faz de uma ruptura familiar a outra face de um país pidido.
Os elogios da crítica:
«Hatoum imprime urgência à narrativa de tempos conturbados, equilibrando ocorrências familiares e acontecimentos históricos de tal forma que estes espelham aquelas e vice-versa. (#) O amadurecimento de Martim se dá no vácuo do lar implodido e à sombra da brutalidade ditatorial, no útero da metastática República, que ainda hoje insiste em devorar seus cidadãos. – A Noite da Espera aponta para a continuidade do “inverno do nosso descontentamento.»
André de Leones, Estado de São Paulo
«Milton Hatoum volta com um romance potente, que remexe a história política dos anos sinistros da ditadura, ao mesmo tempo que vasculha infernos íntimos de uma história de família.»
Maria Esther Maciel, Folha de São Paulo
«Um belo romance. (#) O escritor Julio Cortázar já chamara a atenção para o facto de que ler um livro é sempre botar o dedo no gatilho, multiplicando a sua força explosiva. O gesto de resistir caminha de modo paralelo àquele de narrar – e a esse chamado a narrativa de Hatoum responde com um sonoro “sim.»
Stefania Chiarelli, O Globo
«Uma construção surpreendente# Um magnífico romance.»
Correio Braziliense
«A atmosfera de erotismo, política e cultura aproxima o livro de Hatoum do clássico A educação sentimental, de Gustave Flaubert. (#) A trilogia de Hatoum poderá ser a grande obra de reflexão – com fôlego narrativo e atraente ao público, que se esperava na literatura brasileira contemporânea. Não se trata mais de denunciar violências da ditadura militar mas sim de refletir sobre o que restou dos tempos sombrios e o que não se consegue sepultar de vez.»
Enio Vieira, Estado de Minas
“Como um Raduan Nassar do Norte, Hatoum reflete sobre a opressão familiar, a imigração libanesa e a memória por meio de uma prosa límpida e ritmada, que corre caudalosa e triste, como um rio amazónico. (#) A noite da espera não é apenas mais um romance sobre a ditadura. É um romance de formação. Uma história sobre a passagem da ingenuidade à vida adulta, da juventude ao desencanto.” Ruan de Sousa Gabriel, Época
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