Da autoria do filósofo e teólogo Francesc Torralba, este é um livro que recolhe alguns dos termos mais utilizados por Jorge Mario Bergoglio desde que, em 2013, se tornou papa.
Cada uma das entradas deste dicionário pide-se em duas partes: numa primeira é definido o vocábulo ou expressão em causa no âmbito do pensamento do papa, pensamento que desde sempre se revelou inovador no âmbito da doutrina da Igreja; enquanto na segunda parte são reproduzidos alguns dos textos onde os mesmos foram utilizados, tenham sido proferidos em encíclicas, exortações pastorais, discursos, audiências, homilias ou entrevistas a meios de comunicação social.
Um grande comunicador: é esta a expressão que melhor define Francisco. Essa característica — natural, e não resultado de qualquer estratégia de comunicação — torna-o mais próximo de todos nós. Este livro permite-lhe aproximar-se ainda mais do seu pensamento e da sua visão do atual estado do mundo.
Uma oportunidade única para saber o que pensa Sua Santidade relativamente a:
Alzheimer espiritual Cultura do descarte Desertificação espiritual Economia da exclusão Esquizofrenia existencial Globalização da indiferença Idolatria do dinheiro Misericórdia Perdão Revolução da ternura
Os elogios da crítica:
«Seria um erro trágico acreditar que a linguagem simples de Francisco é resultado de uma certa ingenuidade. Na verdade, deve lembrar-se aqui que o Papa Francisco ensinou literatura; e não apenas a sua história, como também escrita criativa. Bergoglio amou muitos poetas e escritores: de Borges a Hölderlin, de Marechal a Manzoni… São autores dos quais retira citações subliminares, que aparecem, aqui e ali, nos seus discursos. Nunca como citações memorizadas, mas como momentos espontâneos do seu modo de falar, metabolizado por um processo interior. No entanto, é o sabor da palavra primitiva, cultivada com as raízes a afundarem-se no terreno do vivido, que o leva a estar atento à palavra que surge da experiência e a apropriar-se dela mimeticamente. No fundo, reside aqui o desafio da linguagem teológica, pois esta corre o risco de ser influenciada pelo paradigma tecnocrático. O seu tecnicismo excessivo também raia o burocrático. Através dele, por vezes, o Evangelho é pregado com a “linguagem dos padres”. Nada poderia estar mais afastado daquilo que Bergoglio deseja alcançar.» — In Prólogo por Antonio Spadaro, SJ