Quando Vera era criança, um demónio assombrava a sua casa e atormentava a sua mãe, fustigando-lhe os nervos até ela ficar de cama durante dias. Entre sessões de exorcismo e consultas com o psiquiatra, a superstição vai-se desvanecendo ano após ano para dar lugar ao diagnóstico. Mas apesar da doença e das excentricidades, o amor entre Vera e a mãe é mais forte do que qualquer outra coisa, capaz de sobreviver à passagem do tempo, às tormentas e ao estigma da sociedade.
Combinando desenhos delicados com bordados feitos à mão pela autora, Corpo de Cristo relata com uma ternura crua o tabu da doença mental e o papel de cuidador sempre imposto às mulheres. É também o retrato trágico e universal de uma mulher presa ao seu papel de filha, mãe e esposa numa sociedade patriarcal, pobre e católica.
Os elogios da crítica:
«Poucas bandas desenhadas mostram tanta personalidade, mantendo-se perfeitamente acessíveis. Corpo de Cristo recorda-nos a importância da escuta e da empatia no seio de cada família.»
Le Figaro
«A capa atrai todos os olhares, mas quando se vê o resto, entra-se num mundo cheio de beleza e também de tristeza.»
La Sexta
«É evidente que se trata de uma obra excecional.»
Actua BD
«Para além do seu impacto emocional e da força desta história familiar, se O Corpo de Cristo é tão interessante é porque, além disso, pode ser visto como um reflexo da própria evolução da sociedade espanhola.»
Rockdelux
«Imperdível.»
L’Express
«Um dos álbuns com o estilo mais marcante deste outono.»
Causette
«Um relato pessoal sombrio iluminado por uma incrível liberdade artística.»
LIRE
«Um olhar novo e visceral sobre o tema da saúde mental, da queda no vazio após um drama.»
L’Avenir
«Um magnífico e muito original testemunho de amor entre mãe e filha.»
L’Obs