Entre 1830 e 1880, Portugal passou por profundas mudanças, com a construção de um Estado-nação moderno e o ressurgimento do projecto imperial africano.
O triunfo dos liberais na guerra civil, em 1834, assinala a instauração definitiva do regime monárquico constitucional.
A nova fase que então se abriu, de início designada “Regeneração”, teve como características a negociação e o compromisso, associados a uma dinâmica de modernização socioeconómica, em que o investimento público nas infra-estruturas deveria desempenhar um papel fundamental.
Este impulso modernizador, que começa a dar sinais de erosão na viragem para a década de 1890, embora tenha introduzido grandes transformações, não permitiu vencer alguns dos pesados atrasos estruturais e culturais do país, nem alterar a sua posição periférica no contexto europeu.