«O ser humano é imprevisível, mas tem também um instinto de sobrevivência fortíssimo. Ter esperança é o que nos faz sobreviver e prosperar.»
Durante os longos dias de confinamento, a esperança foi a luz que iluminou o caminho escuro do medo e da incerteza.
Entre a saudade de um abraço e a antecipação de voltar a sentir a brisa no rosto, coube o desejo imenso de retomar os pequenos prazeres que nos preenchiam os dias e a alma e que faziam com que a vida valesse a pena ser vivida.
Este é o diário de um ano difícil para todos, que nos apanhou de surpresa, suspendeu a vida de todos os dias, adiou sonhos e aguçou medos.
Um ano, também, em que tivemos oportunidade de olhar para dentro, parar para reflectir, repensar, recomeçar, encontrando dentro de nós forças e capacidades que talvez não suspeitássemos ter. Afinal, éramos fortes e não sabíamos.
Num exercício de enorme intimidade, Helena Sacadura Cabral registou o passar do tempo e as muitas emoções que sentiu, sempre com uma certeza: seja qual for o obstáculo que temos pela frente, a vida não pára, as estações sucedem-se e o medo e a incerteza dão, invariavelmente, lugar à alegria da redescoberta.
Porque a alegria é sempre um caminho que podemos escolher.