«A crise que já cá tínhamos e a outra que se lhe juntou em 2008, vinda de fora, relançaram todas as dúvidas que temos há séculos sobre a viabilidade do nosso país. Há cada vez mais quem pense que Portugal pode não ser viável como país económica e politicamente independente…»
Do que mais se queixam os Portugueses? Do desemprego elevado, dos salários baixos, das pensões exíguas, da pobreza crescente, dos impostos altos, da «hipoteca» dos enpidamentos e do futuro sem esperança. Há uma única solução para estes males: a «construção» de uma economia mais dinâmica, mais produtiva e mais competitiva. Para tanto, a próxima legislatura será decisiva porque, se for falhada, como as três últimas, cairemos num período prolongado de empobrecimento. Em debate com Eduardo Dâmaso, no livro Portugal, que futuro?, Medina Carreira formula o seu diagnóstico e esboça algumas «receitas.» Pretende apenas contribuir para um debate que, mais tarde, será inútil. Para Medina Carreira a «economia» portuguesa é o primeiro, o mais grave e o mais difícil de todos os nossos problemas actuais. A Democracia de 1976 poderá soçobrar se os responsáveis políticos não souberem enfrentar e vencer, em tempo útil, a doença que mina profundamente a nossa economia.