Maria Francisca Gama: «Estou muito feliz por ver o meu trabalho a chegar a tantos leitores»

A Cicatriz chegou aos leitores no início do ano, e desde então tornou-se num fenómeno literário, tendo esgotado cinco edições. Falámos com a Maria Francisca Gama acerca deste sucesso, e da sua jornada enquanto escritora.

A Cicatriz é um dos sucessos deste verão. Como tens vivido este êxito?
Estou muito feliz por ver o meu trabalho a chegar a tantos leitores. Sempre quis escrever e, desde muito cedo, desejei que esta fosse a minha profissão. Estou no início da minha carreira, ciente de todo o trabalho que me espera, e muito entusiasmada pelas histórias que vou escrever.

Quais são as principais reações que te têm chegado da parte dos leitores?
Têm sido muito generosos comigo. A Literatura aproxima-nos e, por A Cicatriz ter sido escrita na primeira pessoa, acredito que muitos leitores também se sentem, agora, próximos de mim: essa amabilidade e atenção que têm para comigo deixa-me, como não poderia deixar de ser, contente e agradecida. No geral, a crítica tem sido positiva: dizem-me que querem ler mais, o que é ótimo, porque eu também quero escrever mais.

E este sucesso veio a par da tua seleção da Forbes para a lista dos 30 under 30. O que significa para ti estar neste lista?
É um misto de validação, responsabilidade e esperança: do trabalho que fiz até agora e em relação àquilo que farei no futuro. Conheci, graças à nomeação, jovens muito interessantes, das mais diversas áreas, que também me motivam a esforçar-me cada vez mais e a ambicionar na mesma medida.

Fazes ainda parte do Clube das Mulheres Escritoras. O que te traz esta comunidade de mulheres?
São, acima de tudo, uma inspiração. Sendo uma das mais novas, olho para as mulheres que compõe o Clube (e não só) e vejo-me onde quero estar: enquanto mulher, escritora, mãe. À sua maneira, e de muitas maneiras diferentes, todas elas já me ensinaram qualquer coisa. São generosas, inteligentes, divertidas: tenho muito orgulho em pertencer ao Clube das Mulheres Escritoras! Leiam mulheres portuguesas!

E também casaste recentemente. É mais difícil escrever um livro ou planear um casamento?
Escrever um livro, sem dúvida. Planear o meu casamento foi fácil, até porque tive muitas e preciosas ajudas. Para os livros atiro-me sozinha e só no final é que grito por socorro.

E para quando o próximo livro? Qual será o tema?
Sei que não é a resposta desejada, mas não tenho uma melhor: existirá um novo livro quando a história que estou a escrever estiver terminada e o produto final for melhor do que qualquer outro que já entreguei. Quanto ao tema, logo verão: até para mim, por vezes, é uma surpresa. As personagens ganham vida e fazem a sua vida, eu só escrevo o melhor que consigo.

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