A História da Literatura faz-se de muitos nomes e enredos. E de muitos apelidos. Austen, Shakespeare, Pessoa, Melville, são alguns dos mais sonantes. Muito mais do que Leigh, Arden, Nogueira ou Gansevoort. O que os diferencia? Estes últimos são apelidos maternos, condenados a ficarem na sombra.
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, resolvemos lançar a edição especial “Em Nome da Mulher”, baseada numa mudança de nomes pensada para mudar mentalidades, hábitos enraizados e convenções que, cada vez mais, carecem de sentido.
Nas palavras de Marta Cunha Serra Heitor, Diretora de Comunicação da Penguin Random House, «O que se pretende com esta campanha é reavivar o debate, é pôr em causa esta convenção e simultaneamente celebrar o papel das mulheres. Dar visibilidade à mulher, tirá-la da sombra, enaltecer o seu papel na sociedade. Um primeiro e simbólico passo, para que se discutam as convenções que ainda discriminam silenciosamente as mulheres.»
A assinatura “Uma mudança de nome pensada para mudar mentalidades” é então o mote deste projeto que, além de lançar esta edição especial, desafia os portugueses a alterarem o seu nome nas redes sociais para o apelido materno e a entrarem na conversa usando a hashtag #EmNomeDaMulher.
Nesta edição, que junta não só clássicos intemporais, como autores portugueses contemporâneos, os seus nomes surgem na capa com o apelido materno. Tudo porque o nosso último nome, aquele pelo qual somos conhecidos, é na grande maioria das vezes herdado do pai. Desafiando esta convenção tão enraizada como datada, acabámos por usá-la como ponto de partida para questionar a representação da mulher na sociedade.
A partir do dia 6 de março estarão disponíveis no site da Penguin Livros (www.penguinlivros.pt) uma série de títulos com uma sobrecapa especial dedicada a esta campanha. Em Nome da Mulher. Em nome da representatividade.
Veja aqui o vídeo de apresentação.