Depois do AEIOU e do 1, 2, 3, a Aranha Antonieta decidiu aventurar-se na Floresta Geométrica. Uma personagem carinhosa, divertida e amiga das crianças, saída diretamente da imaginação da Vanessa Namora Caeiro. A autora conta-nos a origem desta curiosa protagonista e também nos revela algumas curiosidades sobre os seus processos de trabalho, na escrita e na ilustração.
Como nasceu a Aranha Antonieta?
R: A Aranha nasceu em casa.
A Catarina tinha acabado de nascer e a Beatriz começava na descoberta das letras. A primeira história da aranha apareceu nesse momento da minha vida, com e para elas: as minhas duas filhas. Porquê uma aranha?! Não sei bem… Talvez por elas tecerem as suas próprias casas e abrigos, por denotarem, para mim, uma energia feminina, serem representativas de coragem, paciência, habilidade e perseverança.
Qual é o teu processo de trabalho?
R: O processo acaba por ser simples: há um dia que surge uma ideia de história e aí escrevo-a sem parar e sem preocupações gramaticais ou estruturais. Depois ilustro a capa do livro. A partir daí crio e aperfeiçoo esses dois mundos: a escrita e o desenho que trabalham sempre juntos.
Escreves e ilustras. Como funciona para ti a relação entre o texto e a ilustração?
R: Só faz sentido se houver um equilíbrio entre ambos, complementam-se. Na realidade têm de ser uma dupla com a mesma missão: levar o leitor para o universo das palavras e dos desenhos que contam a história.
Em criança, que livros despertaram o teu gosto para a leitura?
R: Sem pensar muito, tenho na memória três livros que devorei em criança e que nunca me cansei de os ler e reler, inclusive ainda hoje vou procurá-los de vez em quando às estantes quando preciso de algum conforto.
São eles a Mafalda do Quino, O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry, e A Fada Oriana, de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Tens algum conselho ou dica para pais e professores despertarem nos miúdos o gosto pelos livros?
R: Comprarem os meus!
Melhor dica não há 🙂