Em 1992, com a queda da União Soviética, a Estónia consegue por fim saborear a liberdade e projectar o futuro. Todos migram para a capital, ninguém quer viver no campo. Aí ficam apenas os velhos, alguns bêbados e bandos de rapazes desordeiros. Aliide Truu, senhora idosa, vive alheada do mundo na sua casa, numa aldeia despovoada, entretendo-se a ouvir rádio e a preparar conservas de fruta. Esta vida pacata é interrompida pela chegada de Zara, uma jovem mulher que precisa de ajuda e que desfia um novelo de mentiras sobre si.
Abrigadas uma na outra, Aliide e Zara vão confrontar um passado nebuloso — amores, traições, vinganças —, descobrindo assim os inesperados laços que as unem. Elas são o rosto das gerações de mulheres que viveram sob o jugo da ocupação soviética nos países bálticos. A sua história, contada neste romance magistral, é também a história da sociedade europeia das últimas décadas.
Os elogios da crítica:
“Magistralmente narrado em diversos planos temporais e espaciais que se entrecruzam, A purga […] descreve as consequências devastadoras da humilhação e do medo, o desamparo e a confusão das vítimas, mas mostra-nos também a quase inesgotável capacidade humana de sobrevivência. Oksanen vai compondo diante do leitor uma espécie de mosaico humano e político sobre o passado da Estónia […], tendo sempre como tema central a exploração sexual das mulheres e o uso que o totalitarismo político faz, em determinadas circunstâncias históricas, das mesmas.” – José Riço Direitinho, Público
“Sofi Oksanen tornou-se um fenómeno literário. A purga é um romance brilhante, que dificilmente sairá da memória dos leitores.” – The Times
“Este livro inquieta, assusta, enfeitiça. É impossível esquecê-lo.” – Le Monde
“Impressionante a todos os níveis: enredo, estrutura narrativa, estilo e caracterização das personagens.” – Le Figaro
“Empolgante, emotivo, original, soberbo. Torna-se difícil encontrar adjectivos que façam justiça a este romance.” – Der Spiegel
“Um grande romance, cheio de suspense. Fala sobre a ambiguidade humana, as oscilações entre bravura e cobardia, egoísmo e generosidade, gentileza e crueldade. Uma história que nos obriga a questionar aquilo que somos.” – Paris Match
“Altamente recomendável para leitores de clássicos da literatura russa, como Tolstói ou Pasternak, e para leitores que gostam de uma boa história de luxúria e traição.” – Library Journal Review
“Sofi Oksanen é uma escritora politicamente engajada, que vê o mundo a partir da perspectiva das vítimas. Revela um estilo vigoroso, sem sentimentalismos.” – La Repubblica