Plano Nacional de Leitura
Literatura – maiores 18 anos
É com um reencontro entre dois amantes, num Fiat 131 Mirafiori estacionado à porta de uma estação de comboios, que tudo começa. Valentina Barreiro e o narrador conheceram-se ainda adolescentes, viveram apaixonados vários anos, estiveram afastados outros tantos, e partilharam, durante todo esse tempo, um segredo fantasmagórico. Agora, têm encontro marcado.
A separação aconteceu quando perceberam que o passado «era uma alegria em segunda mão» e já não bastava para desenharem um futuro juntos. A passagem do tempo adensou o abismo entre os dois: aos 40 anos, Valentina é uma atriz de sucesso; ele não passa de um escritor medíocre, sem um tostão no bolso, propenso a vícios e obsessões.
O esperado reencontro é descrito ao pormenor: o que acontece entre os dois, o que (não) fazem e (não) dizem, o que esperam e desejam. Mas terá acontecido realmente? É neste limbo que se desenrola a trama: na incerteza entre realidade e sonho, passado e presente, diante de um futuro desconhecido.
Mirafiori é a história de um amor que se prolonga por décadas, como uma ilha cercada por uma teia de mistérios. Uma narrativa enfeitiçante sobre a beleza do que não tem explicação.
Os elogios da crítica:
«Uma narrativa insone, escrita a partir do mais profundo dos sentimentos.»
La Lectura
«Manuel Jabois […] compõe cada página com impecável talento literário. Não há frases em vão, e também não há estridência. Excessivo, emocionante, lúcido e obsessivo.»
Babelia
«As páginas deste romance são entretecidas de verdade e de sofrimento, de tristeza e de beleza, até chegarem a um inesperado capítulo final e a um epílogo deslumbrante.»
La Vanguardia
«A velocidade de Manuel Jabois tem correspondência na qualidade da sua prosa, na vivacidade do seu olhar […] e na mistura de melancolia e coragem com que alimenta a sua escrita e a sua alma, já que ambas caminham a par.»
El Periódico
«Manuel Jabois apresenta um mundo literário muito mais rico e complexo do que o da mera glosa do dia-a-dia.»
El Cultural
«Mirafiori é doloroso, mas também nos encanta com a sua vontade de viver, a torrente de energia, a transformação e a força que revela para atingir os seus fins, encurralando os fantasmas que vêm turvar o quotidiano. Uma história que não deixa ninguém indiferente. […] Não hesito em descrevê-la como um golpe de mestria.»
Zenda
«Manuel Jabois escreve em estado de graça.»
Ojo Crítico
«Os romances de Jabois hipnotizam e seduzem o leitor, conduzindo-o assim até ao desenlace da narrativa.»
Cadena SER