«Na área de serviço da autoestrada entre Paris e Honfleur, ela beija-me como se fosse a primeira vez. Tudo isto é Sarah, imprevisível, ondulante, desconcertante, versátil, aterradora como uma borboleta noturna.»
Numa festa de fim de ano em Paris, duas mulheres conhecem-se. Uma é professora, mãe solteira, e sacode a rotina com uma relação passageira. A outra é violinista, excêntrica, caprichosa, com uma beleza fora do comum e uma joie de vivre contagiante, e entra na vida da professora como entrou na festa: ofegante, luminosa, falando e rindo demasiado. É Sarah.
Sucedem-se encontros improvisados, almoços, concertos, teatro, cinema, o idílio da primavera em Paris ao som de Beethoven. Contra todas as expectativas, brota entre ambas uma paixão avassaladora, uma voragem que ora acelera ora distende as horas. É um caso de amour fou, uma tempestade que tudo arrasta, uma obsessão que tudo consome, até que uma inflexão leva a história de Sarah e da amante ao acorde final.
É possível morrer de amor? E que restará da grande paixão? Mais do que memórias, feridas e vazio? Uma história carregada de beleza e tragédia, escrita com liberdade, ímpeto e poesia por Pauline Delabroy-Allard, que com este primeiro romance conquistou a crítica literária, foi comparada a Marguerite Duras e Annie Ernaux, e chegou às portas do Prémio Goncourt.
Os elogios da crítica:
«Há laivos de Duras, Nabokov e Barthes no âmago pulsante deste magnífico romance.»
L’Express
«Tudo isto é Sarah oscila de forma impressionante entre o caos e o barulho do amor e o silêncio e a solidão.»
The Observer
«Pauline Delabroy-Allard transpõe para o papel um acorde perfeito, uma rara harmonia entre duas mulheres. Sob a sua pena, o sexo em geral e a carícia em particular convertem-se, efetivamente, num exercício, mas com o sentido elevado de uma ascese, capaz de fazer nascer a prosa mais abrasadora, a mais carnal das verdades.»
Le Monde
«A história de uma paixão no sentido pleno e etimológico do termo: um amor e um sofrimento desmesurados, obsessivos. Nas frases secas, urgentes, encontramos ecos de Annie Ernaux ou Marguerite Duras.»
L’Observateur
«Escrever sobre o amour fou é tão difícil como sofrê-lo, ou talvez mais […] Sem cair no lugar-comum, Delabroy-Allard apresenta uma narrativa autêntica que lhe valeu a nomeação para o Prémio Goncourt.»
El Mundo
«Escrito desse lugar de intimidade, com a plena consciência de que o coração quase nunca dá ouvidos aos ditames da razão, a autora convoca, para falar do casal protagonista, mas sobretudo de uma das personagens, uma prosa poética tão apurada, que não é de estranhar que a tenham comparado com Marguerite Duras.»
ABC
«A escrita de Delabroy-Allard – na sua precisão obsessiva, semeada de referências para serem decifradas pelos grandes leitores – é toda movimento, ritmo, sem pausas. […] Morrer de amor: algo que não acontece só aos outros.»
Le Point
«Cativante […] intenso […] sedutor […].»
The Guardian