No ano do centenário de Zbigniew Herbert, eis a mais significativa antologia da obra poética do autor, uma das mais marcantes da literatura do século XX e praticamente inédita em Portugal.
«Não deixa de surpreender a diversidade de modos como a poética de quatro jovens polacos, contemporâneos entre si – Czeslaw Milosz (Nobel de Literatura em 1980), Tadeusz Róžewicz, Wislawa Szymborska (Nobel de Literatura em 1996) e Zbigniew Herbert -, respondeu aos terríveis acontecimentos que assolaram a Europa, e em particular a Polónia, na primeira metade do século XX. Mas a poesia de Herbert foi outra coisa: desde os primeiros livros, em particular desde o terceiro que, num tom que frequentemente tocou a sátira (e o sarcasmo), envoltos porém num lirismo belo e surpreendentemente quotidiano, recorreu à mitologia greco-romana como exemplo para plasmar a sua visão de mundo, à qual não faltou a voz do icónico Senhor Cogito, o seu alter-ego. É, na minha opinião, uma das maiores, se não a maior voz poética europeia do século xx, à qual não fez falta o prémio maior para se tornar uma das maiores inspirações das gerações seguintes, polaca e não só, que nela se inspiraram e reviam.» João Luís Barreto Guimarães
Poesia Quase Toda, com selecção a cargo do Prémio Nobel de Literatura J. M. Coetzee e da poeta e tradutora Alissa Valles, contém uma amostra significativa dos nove livros publicados em vida por Zbigniew Herbert, entre 1956 e 1998, e poemas inéditos do seu arquivo pessoal, nunca antes divulgados, constituindo um volume essencial para se conhecer a sua obra poética, uma das mais marcantes do século xx e praticamente inédita em Portugal.
Os elogios da crítica:
«Zbigniew Herbert é um poeta para este lugar e, sobretudo, para este tempo.» Joseph Brodsky, Prémio Nobel de Literatura