Esta é a história de um grupo de amigos que cresce numa Cidade-Estado exclusivamente masculina, no rescaldo de uma época em que foram expulsas todas as mulheres e apagada a memória da sua existência.
No país d’O coração dos homens, o pugilismo foi elevado a desporto nacional, glorificando a força física e apontando o dedo às emoções, meros sinais de fraqueza de espírito.
Expurgados até do nome próprio, os protagonistas deste romance deixam o leitor à mercê do combate das palavras: Ele, Mau e Grande são homens à solta, lutadores impiedosos e temerários, ligados por esse fio tão mal compreendido que é a lealdade masculina. Passam os dias em busca do perigo, a testar limites, envolvidos em rixas de rua e lutas interiores.
Até que chega o dia em que têm de crescer, enfrentar a outra face do mundo — as mulheres —, e se confrontam com a brutalidade da sua própria natureza: estão subjugados pelos impulsos da carne, presos numa imensa solidão e no corpo como único instrumento de prazer. São vítimas e carrascos de um regime tirânico. O coração dos homens é um livro descarnado e poderoso, que põe a nu os perigos do delírio ideológico e a vulnerabilidade da natureza humana.
Sobre Deus Pátria Família
“Podemos ler Deus Pátria Família como um policial, uma reconstituição histórica, um questionamento religioso, um estudo de personagens, um enredo com pontas bem atadas. Mas talvez seja, acima de tudo, um desafio ao leitor: o de se rever hoje no que o passado já experienciou. Ler para não radicalizar.” Luís Ricardo Duarte, Visão
“O uso de personagens muito bem delineados, a par de uma reconstituição de época credível deixa o leitor navegar por um engano consciente e permite entender o que poderia resultar da célebre premissa e se?.” Diário de Notícias
Sobre Filho da Mãe
“Um livro perturbador, que fica colado à pele do leitor.” Fernando Alves, TSF
“Uma obra-prima. Escrito como um rio de palavras justas e com um tom encantatório.” António-Pedro Vasconcelos
“Não há muitos livros assim nas letras portuguesas.” Visão
“Da dureza da idade adulta às recordações mais distantes, atravessando os trinta e três anos desde a morte da sua mãe, Gonçalves constrói, sobre a sua história verdadeira, uma fábula acerca do sentido do amor e da perda.” João Tordo