Para esta sua viagem pela América, a autora escolhe como ponto de partida a literatura, território onde ainda é possível questionar, desconstruir, reimaginar. Parte de escritores e obras de referência, e daí explora as suas geografias — Moby Dick e New Bedford, Philip Roth e Newark, Cormac McCarthy e o Texas, o Sul de Toni Morrison, o mapa da classe média de Richard Ford e John Updike, entre muitos outros.
Nestes e noutros lugares — reais e imaginados —, encontra uma América que tem medo de se olhar nos olhos, a par de outra América, a que quer olhar para dentro, purgar-se dos males e avançar. Descobre uma América que se fecha perante o desconhecido e uma América que vê na diferença a sua maior riqueza.
Partindo dos livros, esta é também, inevitavelmente, uma viagem pelas ruas, pelas vozes anónimas e pelos mitos da América, entre eles, o tal sonho fundador. Será que o sonho americano pertence apenas a um país? Ou pertencerá ao mundo inteiro?
Eleito melhor livro do ano por vários meios e recomendado pelo Plano Nacional de Leitura.
Os elogios da crítica:
«Não posso deixar de ressalvar […] o privilégio de termos simultaneamente a repórter que nos descreve com argúcia e sensibilidade os muitos lugares de que se faz uma viagem de um ano e 97 mil quilómetros; a entrevistadora que nos revela os nossos semelhantes, iluminando-os; a crítica literária que escolheu 16 obras fundamentais da literatura norte-americana e depois acrescentou outras tantas; e finalmente a viajante aventureira.»
Dulce Maria Cardoso
«Uma das melhores e mais originais obras produzidas nos últimos anos em matéria de literatura de viagens.»
António Araújo, Público
«Nesta jornada intimista, encontramos uma aventura de escrita pessoalíssima, ao mesmo tempo humana e intelectual.»
José Mário Silva, Expresso
«Jornalismo no seu melhor. Daquele que exige tempo, tempo para fazer e tempo para digerir.»
Pedro Dias de Almeida, Visão
«Este livro é um pedaço de grande literatura que merece ser amplamente lido e receber prémios.»
Vasco Rosa, Observador
«Um livro que está entre o jornalismo old school feito à séria e uma escrita perfumada e inspirada. Para o leitor, trata-se de um verdadeiro festim.»
Pedro Miguel Silva, Deus me livro
«Entre os melhores livros de não-ficção do ano. A não perder.»
Marco Alves, Sábado