Durante treze dias de Janeiro de 2019, a chuva cai sem misericórdia sobre Lisboa. É quando aparece a primeira vítima, na praia de Assentiz: uma jovem de quinze anos trazida pela maré. O seu corpo apresenta marcas de sofisticada malvadez. A primeira agente no local é Pilar Benamor, uma subcomissária da PSP cuja coragem e empenho em descobrir a verdade ocultam segredos dolorosos.
A jovem vítima é Charlie, filha de um empresário inglês, mas logo a vítima de um segundo crime brutal – um rapaz de dezassete anos – aparece na floresta de Monsanto, em condições macabras. Estas duas mortes prematuras e violentas abrem caminho a uma investigação que irá descarnar a alta sociedade portuguesa e o submundo do crime.
Ao longo desse inclemente mês de Inverno, Pilar desbrava caminho na investigação, contra tudo e todos e com a ajuda de Cícero, um misterioso eremita. Desobedecendo a ordens superiores e colocando a própria vida em risco, vai penetrar no mundo escuro e tenebroso de um psicopata, enquanto luta com os fantasmas que há muito carrega: um pai polícia que morreu em serviço, um vício que a consome e a vulnerabilidade num mundo dominado por homens.
Depois da estreia no género com A noite em que o Verão acabou, João Tordo regressa com um policial de ritmo imparável e delicada sensibilidade, que vai ao âmago dos nossos piores medos.
Os elogios da crítica
«João Tordo trata o crime por tu. Ninguém estava à espera desta reviravolta numa carreira premiada por registos que pouco têm que ver com o policial […], mas o resultado surpreende. Afinal, poucos autores portugueses têm unhas para o thriller e Tordo sai vencedor […]. Pode dizer-se que, no caso de João Tordo, esta mudança de registo é um crime que compensa.»
João Céu e Silva, Diário de Notícias (sobre A noite em que o verão acabou)
«Mais um excelente exemplo da capacidade do autor de criar enredos complexos, ambientes pictóricos e personagens reais. […] Com uma enorme sensibilidade na criação das personagens, o autor mostra-as como tridimensionais, complicadas e inteiras.»
Sofia Lima, Deus me livro (sobre Águas passadas)
«Uma escrita escorreita e eficaz, à boa maneira anglo-saxónica.»
Sara Belo Luís, Visão (sobre Cem anos de perdão)
«Os dias contados mostra que João Tordo se instalou confortavelmente no território do policial, ao mesmo tempo que continua a alimentar os temas que têm atravessado a sua escrita: melancolia, dor, sofrimento, depressão e a proximidade da morte.»
Pedro Miguel Silva, Deus me livro (sobre Os dias contados)
«Uma narrativa de leitura voraz.»
Visão (sobre Os dias contados)