«Não me interessas e já não tenho medo de ti. Não me interessas, já não me preocupo em saber quem tu és para mim. […] Estás desfeito, lutei, venci, já não me dizes respeito.»
A Dr.ª Susane — 42 anos, advogada em Bordéus — recebe a visita de Gilles Principaux, que lhe pede para representar a sua mulher, Marlyne, acusada de um horrendo homicídio. Susane julga reconhecer neste homem o rapaz com quem se cruzou certa tarde, décadas antes. Desse encontro, guarda a reminiscência difusa de uma paixão fulgurante, mas é incapaz de recordar o que aconteceu realmente naquele dia, naquele quarto. Quem é Gilles Principaux? Pai e marido dedicado, ou um homem manipulador e impiedoso?
A vingança é minha evoca a atmosfera tensa e a energia convulsa dos romances de Elena Ferrante, ou a densidade psicológica dos livros de Patricia Highsmith. Propulsionado por uma inquietação nuclear, eis o retrato vívido de uma mulher enredada na incerteza da sua própria história: uma incerteza que ameaça precipitar a sua ruína.
Os elogios da crítica:
«NDiaye é mestre em derrubar expectativas […]. Uma prosa sensual e febril, que exige do leitor submissão aos sulcos da linguagem e ao avanço da narrativa.»
The New York Times Book Review
«Romance após romance, NDiaye vai construindo uma das obras mais fulgurantes da literatura francesa.»
Le Monde
«Neste romance inquietante e silenciosamente belo, Marie Ndiaye escreve sobre um crime inimaginável, que desencadeia ao seu redor caos, traumas e memórias de um passado pouco confiável. Há mais perguntas do que respostas nesta história extremamente inteligente: todos nós, tal como a vida, somos complexos e cheios de sombras.»
Mariana Enríquez
«Uma prosa que brilha, rasga e canta. Inabalável e contido, este romance leva os leitores para águas desconhecidas. Fiquei hipnotizada da primeira à última palavra.»
Tess Gunty
«O núcleo deste romance é tão difícil de definir quanto a identidade das suas personagens. Se é um olhar impiedoso sobre o desespero provocado pelas estruturas de poder em França, é também uma reescrita feminista da história de Medeia. […] NDiaye consegue incorporar nas personagens todas as suas fraturas de espírito.»
The Washington Post
«Um thriller psicológico impossível de largar, uma narrativa atmosférica onde a ameaça está latente, e um grandioso romance social.»
Le Figaro
«Um nó complexo de culpa, medo e obsessão.»
The Guardian
«Enfeitiçante. Entre o suspense e o conto de fadas sombrio, eis um tour-de-force literário.»
Literary Hub
«Uma narrativa elegantemente construída sobre a própria estratificação social, em que NDiaye nos leva por um labirinto de becos, ruelas e saguões. […] A realidade é escorregadia nos romances desta autora.»
The New Yorker