«Sinceramente, horrorizava-me a vida, aquilo que um tipo tinha de fazer só para poder comer, dormir e andar vestido. De maneira que fiquei na cama a beber. Quando bebemos, o mundo continua lá fora, mas por instantes deixa de nos sufocar.»
Uma cerveja, um engate. Mais um copo, mais uma mulher.
Henry Chinaski, um jovem marginal, desconsoladamente solitário e irremediavelmente bêbedo, vagueia pela América dos tempos da Segunda Guerra, saltando de cidade em cidade, de emprego em emprego, cada um mais degradante que o anterior, apenas para poder sustentar as noites de mulheres e álcool. Enquanto se afunda numa espiral de vícios, vai alimentando (ou adiando) o sonho de ser escritor.
Chinaski, alter ego de Bukowski, é a perfeita encarnação de um factotum, um moço de recados ou pau-para-toda-a-obra, tão inconstante e volúvel quanto é eterno o seu criador.
Os elogios da crítica:
«Um desses escritores que cada novo leitor descobre com a excitação de quem está a transgredir.» — The New Yorker
«Desde George Orwell que ninguém escrevia tão bem sobre quem vive à margem.» — The New York Times
«Bukowski escreve como um sábio louco; fala das entranhas, sobre a futilidade e a beleza da vida.» — Publishers Weekly
«Ele trazia todos de volta à Terra. Até os anjos.» — Leonard Cohen
«Numa época de conformidade, Bukowski escreveu sobre aqueles que ninguém quer ser: os feios, egoístas, solitários e loucos.» — The Observer