Um encontro surpreendente, amores antigos, amizades recentes e o desejo mais que humano de deixar uma marca no mundo: eis um espantoso romance de Elizabeth Strout.
Talvez nenhum leitor estivesse à espera desta partida do destino: Olive Kitteridge e Lucy Barton, as personagens mais icónicas de Elizabeth Strout, conhecem-se finalmente em Conta-me tudo. É outono na vila de Crosby, no Maine, onde Olive, quase com noventa anos, e Lucy, reconciliada com o ex-marido, enfrentam as agruras do envelhecimento e da solidão. Entre as duas, depois de um primeiro encontro aziago, nasce uma inesperada afinidade: trocam histórias de vida, relembram pessoas com quem se cruzaram, partilham memórias distintas e desejos idênticos, conversam sobre vidas comuns que nunca foram dignas de nota.
Entra em cena também Bob Burgess, amigo de Lucy, um atormentado advogado chamado a defender Matthew Beach, homem estranho e solitário, acusado de assassinar a própria mãe. Enquanto decorre a investigação, Bob e Lucy dão longos passeios à beira-mar, até ao dia em que, graças a uma das histórias de Olive, percebem que o laço que os une é mais do que simples amizade. Dilacerados entre o que poderia ser e o que é, Lucy diz a Bob: «O amor vem sob muitas formas diferentes, mas é sempre amor. Amor é amor.»
Com o regresso triunfal de duas personagens maiores que a vida, Elizabeth Strout traz-nos um romance de esperança, empatia e gratidão, sobre a força do amor e da amizade, a passagem do tempo e o poder da memória. Conta-me tudo é a confirmação de uma escritora incomparável, no domínio pleno do seu fulgor literário.
Os elogios da crítica:
«Conta-me tudo traz essa panorâmica a partir do encontro entre as suas maiores personagens: Olive Kitteridge, agora nonagenária, e Lucy Barton, a escritora de 66 anos que se mudou para Crosby com o ex-marido depois da pandemia. Estamos numa teia de histórias, entre segredos e em diálogo quase permanente, seja com as personagens, seja com os livros anteriores de Strout. Os seus indefectíveis estão-lhe gratos.»
Isabel Lucas, Público
«Uma fábula bucólica, construída com o brilhante engenho literário de Strout.»
The Washington Post
«Strout dá vida ao banal com uma força impressionante.»
The New Yorker
«Uma tapeçaria laboriosa. […] O sofrimento e a resiliência, a pulsão humana para confrontar o desconhecimento do outro e o mistério essencial da vida, o encontro com a esperança e o amor em lugares improváveis: as preocupações perpétuas de Strout são aqui exploradas com perspicácia, generosidade e alegria. Um romance dolorosamente comovente e emocionante.»
The Boston Globe
«Todos os livros de Strout são admiravelmente bem conseguidos, escritos com uma impressionante exatidão e clarividência.»
The Guardian
«A grande virtude de Elizabeth Strout é a desafetação: as histórias não precisam de ser grandiosas, porque a experiência humana também não o é; acontece no quotidiano, nas conversas, nos gestos. Os romances de Strout são universais.»
Los Angeles Times
«Uma escritora elegante, engenhosa e de apurada sensibilidade: um valor seguro para todos os leitores exigentes.»
Babelia