«A palavra. Estou a caminho da pista, é dia de abertura do Hollywood Park, mas eu vou falar-vos da palavra. Para fixar a palavra como deve ser, é preciso: coragem, ver a forma, viver a vida e depô-la na frase. […] O génio pode ser a capacidade de dizer algo profundo de uma forma simples, ou mesmo de dizer uma coisa simples de forma ainda mais simples.»
Coligindo textos de natureza diversa, entre contos, entrevistas e crónicas, este livro mostra-nos como Bukowski perspetiva e pensa sobre o seu próprio ofício: usando de toda a insolência e autodeflação, derruba pressupostos míticos apenas com recurso à sua máquina de escrever e a uma cerveja.
Ao acompanhar as aventuras do escritor em leituras públicas, festas literárias, décors de filmes e muitos bares, o leitor vai conhecendo profundamente o seu espírito crítico. Matemáticas da escrita é, ao mesmo tempo, um guia perfeito para o homem por detrás do mito, e para o escritor disciplinado por detrás do bêbado incorrigível. Cínico e desempoeirado como sempre, Bukowski oferece-nos aqui uma lição preciosa sobre a difícil arte da escrita, sobre a ainda mais difícil arte de viver da escrita, e sobre a vaidade e fragilidade da natureza humana.
«Bukowski foi alguém que desafiou o mundo, quer com os punhos quer com as palavras. Um provocador cheio de virtuosismos.»
Los Angeles Times
«Um daqueles escritores que cada novo leitor descobre com um entusiasmo transgressivo.»
The New Yorker
Sobre a obra de Charles Bukowski:
«Ele trazia todos de volta à Terra. Até os anjos.»
Leonard Cohen
«Um mestre da prosa.»
The Guardian
«Desde Orwell que a condição do miserável não era tão bem retratada.»
The New York Times
«Um laureado da vida marginal americana. […] Um imortal da literatura.»
Time
«Um agitador profissional, representante da marginalidade de Los Angeles. Bukowski
escreve, com uma insistência louca e romântica, que os falhados são menos falsos do que os vencedores. E fá-lo com uma intensa compaixão pelas almas perdidas.»
Newsweek
«Divertido, mordaz, observador, inteligente nos apontamentos, e honesto.»
Times Literary Supplement
«Numa época de conformidade, Bukowski escreveu sobre aqueles que ninguém quer ser:
os feios, egoístas, solitários e loucos.»
The Observer
«Há uma aspereza muito real nas personagens dos romances de Bukowski.»
The New York Times Review of Books
«Nas suas respetivas gerações, Wordsworth, Whitman, William Carlos Williams e os Beats aproximaram a poesia de uma linguagem mais natural. Bukowski foi ainda mais longe.»
Los Angeles Times Book Review