O Instinto Supremo

«Eram novos, magros e descascados, um ao lado do outro, os dois mastros. Unia-os, ao meio, uma tira de pano branco, com grandes letras negras, onde se lia: “Morrer se necessário for; matar, nunca!”»

Curt Nimuendajú, etnólogo alemão naturalizado brasileiro, prepara-se para liderar uma missão cujo objectivo é pacificar os índios parintintins no interior da selva amazónica. A missão, orientada pela visão de Cândido Rondon, marechal e explorador sertanejo, republicano e abolicionista, segue o lema deste: «Morrer se necessário for; matar, nunca!».

Os homens, enviados pelo Serviço de Protecção aos Índios, são obrigados a fazer uma jura antes de partirem: aconteça o que acontecer, nunca tirarão a vida de um índio. Ao longo do caminho, terão de enfrentar todo o tipo de desafios: a selva é impiedosa, os índios hostis e, talvez o mais difícil, deverão contrariar o seu próprio instinto de sobrevivência perante uma ameaça que não podem combater.

Os elogios da crítica:

«Grande romancista contemporâneo, dos maiores de nosso tempo, voz de seu povo, é também voz do povo brasileiro. Sua obra, toda ela importante (…), é hoje património da cultura do homem, e expressão do verdadeiro humanismo (…). O Instinto Supremo soma-se a essa grande obra de criação como um dos romances mais nobres da língua portuguesa.» Jorge Amado