Plano Nacional de Leitura
Literatura – Dos 15 aos 18 anos – Maiores de 18 anos
Aos catorze anos, Matias Fluss é um adolescente preocupado com três coisas: o sexo, um tio enlouquecido e as fábulas budistas. Vive com a mãe e a irmã mais velha, Cecilia, numa espécie de ninho onde lambe as feridas da juventude: a primeira paixão, as dúvidas existenciais, os conflitos de afirmação. Sempre que sente o copo a transbordar, refugia-se na cabana isolada do tio Elias. Cedo, contudo, a inocência lhe será arrancada com o desaparecimento súbito de Cecilia, que, afundada numa paixão por um homem desconhecido, é vista pela última vez a saltar de uma ponte.
Muito mais tarde, Matias será obrigado a revisitar a dor, quando a sua pacata vida de professor universitário for interrompida por uma carta vinda das sombras do passado, lançando a suspeita sobre o que aconteceu realmente à irmã – sem saber ainda que regressar ao passado poderá significar, também, resgatar-se a si mesmo.
No final desta «trilogia dos lugares sem nome», iniciada com O luto de Elias Gro, João Tordo explora, através de personagens únicas e universais, numa geografia singular, os temas da memória e do afecto, do amor e da desolação, da vida terrena e espiritual, procurando aquilo que com mais força nos liga aos outros e a nós próprios.
Sobre a Trilogia dos lugares sem nome:
«O novo romance do século XXI em Portugal.»
João Céu e Silva, Diário de Notícias
«O autor escolheu um complexo caminho para chegar ao leitor. Neste processo, ganhou o leitor, o autor e a literatura.»
Mário Rufino, P3, Público
«Um pequeno paraíso literário.»
Pedro Miguel Silva, Deus Me Livro
«Tordo não dá respostas. Alimenta cuidadosamente a ambiguidade, o paradoxo, como se fizessem parte de um silêncio cujo mistério não quer desvendar. (…) Um sólido trabalho de linguagem.»
Isabel Lucas, Público (sobre O paraíso segundo Lars D.)
Sobre a obra de João Tordo:
«Um dos maiores talentos literários de Portugal (…) a sua formação reflecte-se nas suas obras: tal como Gonçalo M. Tavares, a escrita, para Tordo, significa explorar questões existenciais.»
Darmstädter Echo, Alemanha
«Tal como o Nobel José Saramago, João Tordo põe em questão, com o seu talento, a crença numa identidade própria à qual nós, os humanos, estamos apegados.»
Le Monde, França
«João Tordo tem uma capacidade enorme de efabulação que não se encontra facilmente.»
José Saramago
«Um grande romancista que nos redime do horror, como os grandes mestres, pela força misteriosa da escrita.»
António-Pedro Vasconcelos, Sol