Tendo por cenário a natureza hostil do extremo norte da Islândia no século XIX, O Coração do Homem, romance com o qual Jón Kalman Stefánsson conclui a trilogia iniciada com Paraíso e Inferno e A Tristeza dos Anjos, é uma profunda indagação sobre a vida, o amor e o desejo, escrito com sublime simplicidade e poesia.
A natureza, vasta e insondável, é impassível face ao destino dos homens. Somente a palavra os pode salvar. Se o rapaz ainda se encontra no mundo dos vivos é porque, no seu delírio, fala. Ele e Jens, um dos seus companheiros de viagem, sobreviveram a uma tempestade de neve. Acordaram os dois longe de casa, numa aldeia de pescadores perdida nos longínquos fiordes do Norte. O terceiro deles ficou para sempre aprisionado no gelo.
Mas Álfheiður, uma jovem de cabelos ruivos e olhos verdes, cuidará dele até que restaure as suas forças e inicie o seu regresso a casa. Entretanto, a sua busca pelo sentido da vida torna-se uma outra viagem iniciática através do amor e das palavras, porque «devemos viver de maneira a derrotar a morte, é a única coisa que sabemos e podemos fazer» e só as palavras podem dar corpo aos sonhos, mudar um destino e elevar-nos acima do tempo.
Os elogios da crítica:
«A poesia faz renascer a prosa exaltando-a. O Coração do Homem multiplica os mais diferentes pontos de vista de pessoas definidas pela geografia.» L’Humanité
«Uma das obras de literatura nórdica mais ambiciosas dos últimos anos.» VG