Certa noite, oito mulheres menonitas reúnem-se num celeiro para um encontro secreto. Nos últimos anos, mais de uma centena de mulheres pertencentes à mesma comunidade foram repetidamente violadas durante a noite por «demónios» que as castigavam pelos seus pecados. A terrível verdade, contudo, é que os abusos eram perpetrados a partir de dentro, da sua própria colónia. Depois desta descoberta, decidem proteger-se, e às suas filhas, e pôr fim aos abusos.
Quando os homens se ausentam da colónia, estas mulheres, todas iletradas e incapazes sequer de falar a língua do país onde vivem, terão de fazer a escolha mais difícil: permanecer no único mundo que conhecem ou arriscar a fuga para o desconhecido e a liberdade.
Miriam Toews, baseando-se num episódio verídico, conta-nos uma história plena de aspereza e comoção: uma fortíssima experiência de superação e fraternidade, de combate pelo poder de decidir o próprio destino e de afirmação do lugar próprio das mulheres.
Os elogios da crítica:
«Um romance impressionante, triste e chocante, mas comovente. Baseado em factos reais, poderia ter saído diretamente de A história de uma serva.»
Margaret Atwood
«Um manifesto feminista que vai delicadamente destapando o horror, ao mesmo tempo que fervilha com a ternura e o humor irónico a que os leitores de Miriam Toews se habituaram. Os aclamados romances desta escritora carregam a sombra da sua própria educação, embora ela nunca antes tenha escrito com tamanha dilaceração – fazendo mira certeira ao fundamentalismo e suas hipocrisias.»
The New York Times
«Miriam Toews é perversamente divertida e corajosamente sincera. Pratica uma arte do escape, já que encontra sempre forma de as suas personagens se libertarem, apesar das circunstâncias que as enredam.»
The New Yorker
«Impressionante. Uma obra de profunda inteligência moral e uma lição de ética maravilhosamente apresentada como romance. Tão feroz quanto terna.»
NPR
«Assertivo e arrepiante. Uma história arrebatadora, construída de modo notável. O tempo e o lugar delimitados e condensados deste romance produzem um efeito dramático soberbo.»
Wall Street Journal
«Pleno de ironia e liberdade, um romance de ideias que reflete sobre a natureza do mal, o livre-arbítrio, a responsabilidade coletiva, o determinismo cultural e, acima de tudo, o perdão.»
New York Times Book Review