Lisboa, 1943. A Segunda Guerra Mundial assola a Europa. É este o ponto de partida do livro As Bibliotecárias de Lisboa.
Durante a Segunda Guerra, Portugal foi um dos poucos países europeus a manter a neutralidade, mas teve, ainda assim, um papel crucial – e, por vezes, controverso. Foi um santuário para refugiados, uma fonte de volfrâmio (um dos minérios mais procurados para o fabrico de munições durante a guerra), e um núcleo de redes de espionagem dos Aliados e do Eixo. Lisboa, capital da nação, tornou-se o epicentro de negócios clandestinos de todos os tipos — tráfico de vistos e autorizações de saída falsos, contrabando de volfrâmio no mercado negro e recolha de informações sobre o inimigo através de suborno, sedução e homicídio.
Bibliotecárias a tempo inteiro, espiãs a tempo parcial
As personagens principais deste romance – Selene, Bea, Gable e Luca – são inspiradas em várias pessoas reais que contracenaram no palco de Lisboa durante a guerra. Estas mulheres e homens foram figuras heroicas que recolheram informações vitais para os Aliados mudarem o rumo da guerra e que arriscaram as próprias vidas para salvarem um incontável número de outras.
Selene Delmont e Beatrice Sullivan, apesar de bibliotecárias, oficialmente recrutadas para recolher livros proibidos, são, na verdade, agentes secretas cuja missão consiste em infiltrarem-se na rede de espionagem do Eixo.
Tudo muda quando dão por si envolvidas em jogos de enganos com dois dos homens mais conhecidos da cidade: um barão português exilado, Luca Caldeira, e um espião letal de nome de código Gable. Enquanto Selene seduz Luca nos seus luxuosos salões de baile, Bea, mais dada aos livros, mergulha no mundo sombrio dos informadores de Gable.
Porém, quando uma traição desvenda uma série de mentiras, tudo aquilo por que ambas lutaram é posto em causa. Será este o seu ponto de rutura?
Um enredo cativante com duas mulheres singulares, cuja coragem, determinação e amizade foram capazes de resistir à devastação da guerra.