Diga-nos quanto tempo vai de férias, nós dizemos-lhe que livros levar

Passamos o ano inteiro a fazer a contagem decrescente para os meses de verão porque é o momento de por o bronze em dia, dar mergulhos no mar, fazer castelos na areia com as crianças, mas também o momento de devorar aqueles livros que prometemos ler há meses e para os quais acabámos por não ter assim tanto tempo.

 

É agora altura de fazer as malas para as férias e, como todos os milímetros contam, encaixar biquínis, sapatos e livros tem alguma ciência. O espaço é limitado e escolher que livros levar pode ser mais difícil do que conjugar peças de roupa. Por isso, desta vez, a Penguin Magazine dá-lhe uma ajuda. Fizemos uma seleção de obras que deve incluir na bagagem se for para fora uma semana, uma mais vasta se viajar durante duas semanas e outra mais pequena se, este ano, só conseguir descansar durante um fim de semana.

 

Para quem tem 2 semanas de férias

Se é fã de thrillers, Rede de segredos é uma aposta segura – garantem as críticas, que não param de elogiar a tensão e o sentido de humor de Chandler Baker. Aproveitando a mesma adrenalina,  Joël Dicker volta a reunir Marcus Goldman e Perry Gahalowood em O caso Alaska Sanders. O palácio de papel é, sem dúvida, um dos romances deste verão, e Canções em Ursa Maior tem música a acompanhar. Não esquecer o mais recente livro de João Tordo, Naufrágio, e Vidas seguintes, a obra do Prémio Nobel da Literatura, Abdulrazak Gurnah.

Para quem tem 1 semana de férias

Olho da rua vai fazê-lo rir e vai fazê-lo refletir sobre a selva que é o mercado de trabalho (e a vida?) atual. É mordaz, perspicaz e um romance com descrições e considerações incrivelmente certeiras de Dulce Garcia.  Hugo Gonçalves não precisa de apresentações e oferece O coração dos homens, enquanto Bernardine Evaristo apresenta Mr Loverman. Para terminar as leituras da semana propomos Divórcio, o romance experimental, negro e espirituoso de Susan Taubes.

Para quem tem apenas um fim-de-semana

A pediatra, O perfume das flores à noite e Sonechka. São três livros curtos que se leem muito depressa, sobretudo por serem viciantes. O primeiro é a obra mais recente de Andréa del Fuego, vencedora do Prémio Saramago. Como protagonista tem uma mulher invulgar, que não se encaixa nas categorias da sociedade. É casada mas não tem nem deseja ter filhos, vive uma sexualidade plena fora de portas e é pediatra mas detesta crianças.

O segundo é um texto magnífico de Leïla Slimani, que combina uma viagem pela memória com uma reflexão instigante.

Por último, Sonechka, de Ludmila Ulitskaya, é uma história subtil e inteligente sobre o destino de uma mulher na Rússia no século XX.

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